sexta-feira, 23 de março de 2012

O lençol e a alma

Todos nós já tivemos alguma surpresa bem desagradável com alguma roupa branca, não e verdade? Um pingo de mofo, de café, um amarelado, uma mancha...
Da mesma forma, todo mundo já teve um momento que parou, pensou sobre seu próprio ser e disse: "isso não tá legal!".
Nossa alma é como um lençol... Branco, alvo e que dá gosto. Sabe aquele tecido que te faz bem? Que tu gosta de mexer? Que te agrada mais? Nossa alma é como ele.
Só que nós, humanos ainda imperfeitos (demais) temos uma série de sujeirinhas que vão se acumulando e vão sujando esse tecido.
Mentira, inveja, orgulho, preguiça, falsidade... São como aquele pó que se levanta da estrada de chão seca há muito tempo. E sua alma é um tecido molhado.
Se você a deixar no escuro, sem a luz da verdade e o brilho desse sol chamado "Caridade", ela vai mofar. E tecido mofado não é bem assim de limpar.

Se você a deixar encardir com a poeira do orgulho ou com o barro do desprezo, vai ter que cansar os braços pra esfregar esse enorme lençol. E haja sinceridade pra lavar tudo! E você vai ter que torcer e estender sob a LUZ da humildade.
E aqueles dias que a gente vem com a mão suja, louco pra lavar ou passar no primeiro pedaço de pano que surgir pela frente?
Agora imagina uma mão suja de egoísmo, de preguiça se apossando do seu lençol. Imagine a sua mão sujando seu lençol.
Aí aquele detergente chamado Arrependimento, será que tem bastante? Aquele sabão em pó chamado Confiança tem em casa? Aquele produtinho maravilhoso e milagroso chamado Fé, tem quando mais precisa?

Todo ser humano é feito de falhas, erros e medo. Mas nós temos a obrigação de buscar o certo, se desprender dos velhos vícios e acreditar. Acreditar que temos que dar o melhor a cada momento. Que o nosso lençol tem que estar limpo, pois aquela visita chamada "Caboclo", aquela amiguinho do nosso filho, aqueeele, o "Cosminho" ou o nosso avô  "Preto-velho" podem aparecer a qualquer momento. E ninguém merece ter que usar um lençol sujo.

//Mateus de Oxalá.